O DETERMINISTA-FATALISTA, O FILISTEU E O CRENTE

Categorizações kierkegaardianas sobre a pessoa diante do Desespero na Necessidade ou de Carência do Possível

Resumo

Para o filosofo dinamarquês Søren Kierkegaard, o desespero é um dos meios pelo qual o ser humano toma ciência de si mesmo como uma síntese entre finito e infinito, de que é espírito. O desespero se manifesta nas várias relações dialéticas que envolvem a existência humana. Uma dela é a relação necessidade-possibilidade, sendo que o desespero pode tanto se manifestar no excesso de possibilidade ou falta da necessidade como também na necessidade ou falta do possível. Nesta última, o autor categoriza três tipos de pessoas, que se tornam uma espécie de padrão para o modo de lidar com o problema do desespero na experiência de existir. Assim, o objetivo deste ensaio é refletir sobre as categorias de desesperados que Kierkegaard apresenta na Primeira Parte, Livro III,  Capítulo I de O Desespero Humano, considerando cada uma dessas categorias com o modo de relação específica com o Desespero. Para tanto, far-se-á uma breve e básica apresentação do tema kierkegaardiano do desespero.